Cleopatra e Marco Antonio
CLEOPATRA: [to Antony] If it be love indeed, tell me how much.
ANTONY: There’s beggary in the love that can be reckoned.
CLEOPATRA: I’ll set a bourn how far to be beloved.
ANTONY: Then must thou needs find out new heaven, new earth.
(I.i.14–17)
Quatro horas é o tempo que Joseph Leo Mankiewicz montou para Cleopatra (1963). Recomendo a escolha de um domingo à tarde, recomendo ver e recomendo olhar com atenção para as cenas entre Rex Harrison (Julio Cesar) e Elisabeth Taylor (Cleopatra). Sem menosprezar as cenas entre a rainha e Richard Burton. Tem que se ultrapassar alguma repulsa pela música estridente, ouvindo melhor o encantador hábito da abertura musical (cena em branco), o intermission (mais música e cena em branco) e o final (tb em branco).
É um filme "teatral", no sentido em que o diálogo é de longe mais importante e dominante que algumas cenas de batalha (poucas). É afinal uma adaptação da peça de Shakespeare, muito livre.
Não é um filme de aventuras, é um filme razoavelmente dedicado ao confronto ocidente-oriente, datado pela epoca dos peplum (nome derivado da túnica das mulheres da época, com duas faixas seguras por medalhões a segurar o vestido ondulado nos ombros), de que são exemplo a Queda do Império Romano e Spartacus.