Manifestos eleitorais (I)
Ás vezes quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.
A celebridade é um plebeismo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflinge a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças.
É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.